quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O BARBEIRO

Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar o cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço ao que o barbeiro respondeu:
- Não posso aceitar o seu dinheiro porque estou a prestar, esta semana, um serviço comunitário.
O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um ramo com uma dúzia de rosas à porta e uma nota de agradecimento do florista.
Mais tarde, no mesmo dia, veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou a prestar um serviço comunitário durante esta semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces à porta e uma nota de agradecimento do padeiro.
Naquele terceiro dia veio um deputado para o corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse-lhe o que já dissera aos clientes anteriores. O deputado ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir a sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.

PALAVRAS SÁBIAS

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem, decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim, pediu ao seu anjo-secretário que anotasse a distribuição dessas virtudes pelos diferentes povos:
- Aos suecos, os fez estudiosos e respeitadores da lei.
- Aos ingleses, organizados e pontuais.
- Aos japoneses, trabalhadores e disciplinados.
- Aos italianos, alegres e românticos.
- Aos franceses, cultos e finos.
e por aí fora a todos os povos da terra do séc. XXI.
Quando chegou a vez dos portugueses continuou:
- Aos portugueses, inteligentes, honestos e socialistas.
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, perguntou:
- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém aos portugueses foram dadas três! Isto não os fará superiores em relação aos outros povos da terra?
- Muito bem observado, bom anjo! exclamou o Senhor. Isso é verdade!
- Façamos então uma correcção acrescentando, os portugueses manterão essas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os outros povos! Assim sendo:
O que for socialista e honesto, Não PODE SER INTELIGENTE;
O que for socialista e inteligente, Não PODE SER HONESTO;
E o que for inteligente e honesto, Não PODE SER SOCIALISTA.

Tribunal

Ti Maneli, alentejano de Castro Verde, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram suficientemente sérios para levar o dono do outro carro ao tribunal. No tribunal, o advogado do réu começou por perguntar ao Ti Maneli:
- O Senhor na altura do acidente não disse "Estou óptimo"?
Ti Maneli responde:
- Bem, eu vou contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na camioneta
- Eu não pedi detalhes - interrompeu o advogado. Responda somente à questão formulada. E repetiu:
- O Senhor não disse na cena do acidente: "Estou óptimo?"
- Bem, continuando, eu coloquei a mula na camioneta e estava a descer a rua...
O advogado interrompe novamente e diz:
- Meritíssimo, estou a tentar apurar os factos. Logo após o acidente este homem disse ao soldado da GNR que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente está a tentar processar o meu cliente e isto não pode ser. Por favor, poderia o Meretíssimo dizer-lhe que deve responder somente à minha pergunta.
Mas, nesta altura, o Juiz mostra-se muito interessado na resposta do Ti Maneli e diz ao advogado:
- Eu quero ouvir a versão completa dele.
Ti Maneli agradece ao Juiz e prossegue:
- Como eu estava dizendo, coloquei a mula na camioneta e estava a descer a rua quando uma "pick up" passou o o sinal vermelho e bateu num lado da minha camioneta. Eu fui lançado fora do carro, para um lado da rua e a mula foi lançada para o outro lado. Eu fiquei muito ferido e mal me podia mexer, mas conseguia ouvir a mula zurrando e grunhindo e, pelo barulho, percebi que estaria muito ferida. Em seguida chegou o soldado da GNR. Ele ouviu a mula a fazer tamanha algazarra e foi ver como ela estava. Depois de ter olhado bem para a mula, abanou a cabeça, pegou na pistola e deu-lhe três tiros. Depois, atravessou a estrada com a arma na mão, olhou para mim e disse:
- A sua mula estava muito mal e tive que a abater. E o senhor, como é que se está a sentir?
- Aí eu pensei bem e disse: "Eu? Estou óptimo! Ia dizer que estava mal, não?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

“Estamos a assistir a roubo de direitos e dinheiro que as pessoas pagaram”

Diário Económico com Lusa - 18/11/10

Boaventura Sousa Santos considera que a entrada do FMI em Portugal seria "uma desgraça". O sociólogo Boaventura Sousa Santos alertou hoje que o combate à crise financeira vai levar à confrontação social. "Esta política convida à confrontação social. Estamos a assistir a roubo de direitos, a roubo de dinheiro que as pessoas pagaram. Quando se fazem cortes nas pensões, o dinheiro não é do Estado. Em grande parte, foi dinheiro que as pessoas investiram nas suas pensões", salientou, Boaventura Sousa Santos, em declarações à Lusa.
Na sua óptica, "se as pensões não são garantidas isso é furto, é uma ilegalidade, e as pessoas sentem isso".
"O mesmo se passa quando os direitos laborais não são respeitados", frisou Boaventura de Sousa Santos, referindo que nos EUA, onde actualmente se encontra a leccionar numa universidade, se fala em "furto de salários".
São as horas extraordinárias que não são pagas, as declarações de falência e "os últimos cheques que nunca são pagos", os subsídios de férias que não são pagos, enumerou, acrescentando que isso mesmo acontece em Portugal, de "direitos ajustados legalmente que os patrões não cumprem".
Boaventura de Sousa Santos entende que a confrontação social vai intensificar-se, lembrando os confrontos em Londres e em França, e vaticinando que outros países vão seguir-se.
"Portugal não pode ser excepção. Se as medidas acordadas neste Orçamento não puderem ser suficientes, e elas já são graves, é de esperar que haja contestação social e confrontação", concluiu.

Na escola

Numa manhã de aulas, a professora pergunta a um aluno:
− Diz-me lá quem escreveu Os Lusíadas?
O aluno, a gaguejar, responde:
− Não sei, Sra. Professora, mas eu não fui.
E começa a chorar. A professora, furiosa, diz-lhe:
− Pois então, de tarde, quero falar com o teu pai.
Em conversa com o pai, a professora faz-lhe queixa:
− Não percebo o seu filho. Perguntei-lhe quem escreveu 'Os Lusíadas' e ele respondeu-me que não sabia, que não tinha sido ele.
Diz o pai:
− Bem, ele não costuma ser mentiroso, se diz que não foi ele, é porque não foi. Já se fosse o irmão, a coisa seria diferente.
Irritada com tanta ignorância, a professora resolve ir para casa e, na passagem pelo posto local da G.N.R., diz-lhe o comandante:
− Parece que o dia não lhe correu muito bem!?
− Pois não, imagine que perguntei a um aluno quem escreveu Os Lusíadas e respondeu-me que não sabia, que não foi ele e começou a chorar.
O comandante do posto:
− Não se preocupe Sr.ª Professora, chamamos cá o miúdo, damos-lhe um aperto e vai ver que ele confessa tudo!
Com os cabelos em pé, a professora chega a casa e encontra o marido sentado no sofá, a ler o jornal. Pergunta-lhe este:
− Então o dia correu bem?
− Ora, deixa-me cá ver. Hoje perguntei a um aluno quem escreveu Os Lusíadas. Começou a gaguejar, que não sabia, que não tinha sido ele, e pôs-se a chorar. O pai diz-me que ele não costuma ser mentiroso. O comandante da G.N.R. quer chamá-lo e obrigá-lo a confessar. Que hei-de fazer a isto?
O marido, confortando-a:
− Olha, esquece. Janta, dorme e amanhã tudo se resolve. Vais ver que se calhar foste tu e já não te lembras.

sábado, 13 de novembro de 2010

O Príncipe Árabe

Um príncipe da Arábia Saudita foi estudar para a Alemanha.
Um mês depois escreveu uma carta ao pai a dizer :
- Berlim é espectacular, o povo muito simpático e estou a gostar de cá estar mas sinto-me um pouco constrangido por ir para a Universidade no meu Mercedes dourado quando os professores viajam de comboio.
Algum tempo depois recebeu a resposta do pai numa carta com um cheque de um milhão de dólares.
Na carta o pai dizia :
- Pára de nos embaraçares! Compra um comboio para ti também.

O Cliente que não chegava a sê-lo.

Um homem entra no salão de barbearia e pergunta:
- Quanto tempo falta até chegar a minha vez?
O barbeiro olha em volta do salão e responde:
- Mais ou menos 2 horas.
O homem agradece a informação e sai.
Passados alguns dias o mesmo homem volta à barbearia e pergunta, de novo:
- Quanto tempo falta até chegar a minha vez?
O barbeiro olha de novo em volta do seu salão e responde.
- Mais ou menos 3 horas.
Como da vez anterior o homem agradece e sai.
Passados mais alguns dias o mesmo homem entra na barbearia e faz a mesma pergunta:
- Quanto tempo demora até chegar a minha vez?
O barbeiro olha à sua volta e responde:
- Mais ou menos 1 hora e meia.
O homem sai.
O barbeiro intrigadíssimo, com a repetição continuada da cena, vira-se para um seu amigo que se encontrava na barbearia e diz-lhe:
- Ó Paulo, faz-me um favor. Segue aquele fulano e vê para onde ele vai. O fulano sempre que entra aqui, pergunta quanto tempo demora a chegar a sua vez, mas nunca mais volta para ser atendido.
O Paulo que também ficou curioso segue o pretenso cliente. Alguns minutos depois, regressa ao salão a rir-se desmesuradamente.
O barbeiro boquiaberto pergunta-lhe:
- Então? Onde é que ele vai depois de sair daqui?
O amigo enxuga as lágrimas de tanto rir e responde-lhe:
- O tipo quando sai daqui vai para tua casa!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

No Jardim Zoológico

Uma jovem que terminara as "Novas Oportunidades" recentemente, resolveu visitar o Jardim Zoológico. Ao chegar perto da jaula do leão, viu uma placa que dizia «CUIDADO COM O LEÃO».
Mais à frente, outra jaula, e outra placa com a inscrição «CUIDADO COM O TIGRE».
Continua o seu passeio pelo Zoo e noutra jaula leu «CUIDADO COM O URSO».
Depois chega a uma jaula que está vazia e lê o seguinte letreiro «CUIDADO: TINTA FRESCA»
Desesperada, a jovem corre aos gritos:
- O TINTA FRESCA FUGIU! O TINTA FRESCA FUGIU!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No psiquiatra

O psiquiatra pergunta à D. Laura:
- Costuma escutar vozes, sem saber quem está a falar ou de onde vêm?
- Sim, costumo!
- E quando é que isso acontece?
- Acontece-me sempre que atendo o telefone!

Janela do computador

Uma senhora entra numa loja de cortinas e diz para o empregado:
- Por favor, eu queria umas cortinas para o monitor do meu computador!
O empregado, espantado, diz:
- Mas, minha senhora, os monitores não necessitam de cortinas.
Responde-lhe a senhora, com ar de espertalhona:
- O seu computador talvez não precise, mas o meu tem o Windows!

Garrafa térmica

Uma loira entra numa loja e vê uma coisa brilhante.
- O que é isoo? - pergunta ela.
- Uma garrafa térmica - responde o vendedor.
- E para que serve? - pergunta ela.
O vendedor explica:
- Estas garrafas mantêm frias as coisas frias e quentes as coisas quentes.
A loira compra a garrafa térmica.
No dia seguinte leva-a para o trabalho. O seu chefe, estranhando esse objecto brilhante, na secretária da rapariga, pergunta:
- O que é?
- Uma garrafa térmica - responde ela.
- E o que faz? - pergunta o chefe.
- Mantém quentes as coisas quentes e frias as coisas frias - responde a
loira.
O chefe, então, pergunta:
- E o que tem dentro?
A loira, satisfeita, diz:
- Duas chávenas de café bem quente e um sumo gelado.

Do Alentejo para o Mundo

Com o devido respeito pelo Alentejo e as suas gentes.
Dois alentejanos encontram-se e diz um para o outro:
- Compadri, onde vai com esse carro de estrume?
Responde o outro:
- É para pôr nos morangos.
Replica o primeiro o primeiro:
- Atão o compadri nunca experimentou pôr natas?

domingo, 7 de novembro de 2010

O ateu

Um ateu passeava num bosque, admirando tudo o que aquele “acidente da evolução” havia criado.
- Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios! Que belos animais!"
À medida que caminhava, ao longo do rio, ouvia um ruído nos arbustos atrás de si. Virou-se para olhar e foi, então, que viu um corpulento urso-pardo caminhando na sua direcção. Logo desatou a correr o mais rápido que podia.
Olhou, por cima do ombro e reparou que o urso estava demasiado próximo.
Aumentou a velocidade! Era tanto o seu medo que as lágrimas lhe vieram aos olhos. Foi então que tropeçou e caiu desamparado.
Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se. Só que o urso já estava sobre si, procurando agarrá-lo com a sua forte pata esquerda e, com a outra pata, tentando agredi-lo ferozmente.
Nesse preciso momento, o ateu gritou:
- Oh meu Deus!
Então o tempo parou. O urso ficou sem reação. O bosque mergulhou em silêncio. Até o rio parou de correr. Então uma luz brilhante surgiu entre as árvores e uma Voz vinda do céu disse:
- Tu que negaste a Minha existência durante todos estes anos, que ensinaste a outros que Eu não existia e reduziste a criação a um “acidente cósmico” esperas que Eu te ajude a sair deste apuro? Devo eu esperar que tenhas fé em Mim?
O ateu olhou directamente para a luz e disse:
- Seria, de facto, hipócrita da minha parte, pedir-Te que, de repente, me passes a tratar como um cristão! Mas talvez possas tornar o urso cristão!
- Muito bem – acedeu a Voz. A luz brilhante que permanecera entre as árvores, desapareceu. O rio voltou a correr e os sons da floresta voltaram a ouvir-se.
Então, o urso recolheu as patas, fez uma pausa, baixou a cabeça e falou:
- Senhor, abençoe este alimento que agora vou comer. Ámen.

Seniores

Josefa e Ermelinda, duas senhoras idosas, estavam a tomar o café da manhã numa pastelaria da baixa lisboeta.
Ermelinda notou alguma coisa engraçada na orelha de Josefa e perguntou:
- Josefa, sabe que está com um supositório na sua orelha esquerda?
Josefa aflita retorquiu:
- Eu tenho um supositório na minha orelha?
Então num gesto rápido puxou-o, olhou para ele e disse:
- Ermelinda, estou feliz que tenha visto. Agora acho que já sei onde encontrar o meu aparelho auditivo.

Um portista

No inferno, Saddam Hussein discute calorosamente com Bin Laden, quando chega um repórter e pergunta o que estão discutindo.
Bin Laden responde:
- Estamos a planear mais um atentado.
O repórter espantado pergunta:
- Mais um? Onde?
Saddam responde:
- Vamos lançar uma bomba em Portugal e matar 4 milhões de benfiquistas e 1 portista.
Surpreendido o repórter interroga os dois:
- Mas porquê um portista?
Bin Laden vira-se para Saddam e diz:
- Estás a ver, eu não te disse que ninguém se vai importar com os 4 milhões de benfiquistas!

sábado, 6 de novembro de 2010

Prosperidade

Francisco Louçã:
- Sr. Primeiro Ministro, isto está de tal maneira que até há raparigas licenciadas têm de se prostituir para sobreviver.
O Primeiro Ministro com um sorriso responde:
- Lá está o Sr. Deputado a inverter tudo, o que se passa é que o nosso sistema de ensino esta tão bom, que até as prostitutas hoje são licenciadas!

Máxima do reformado

A minha mulher perguntou-me, com sarcasmo:
- Que pensas fazer hoje?
- Nada - respondi
Diz-me ela:
- Isso foi o que fizeste ontem!
- Sim, eu sei, mas ainda não acabei.

Novas Oportunidades

A ministra da educação foi convidada para participar num piquenique em sua honra, oferecido pelos alunos que completaram o 9º ano.
Quando chegou ao local, estranhou ver um monte enorme de sacos cheios de um pó branco. Dirigiu-se ao rapaz que estava a preparar o churrasco e perguntou:
- O que é que está dentro daqueles sacos?
- É cal, senhora ministra.
- Cal? Mas para quê?
- Eu também não percebi, senhora ministra mas as ordens que recebi foi comprar 102 sacos de cal!
Intrigada, a ministra, dirigiu-se ao responsável pelo piquenique (um antigo aluno seu que conseguiu evoluir tirando uma especialização no programa das novas oportunidades) e perguntou-lhe o que é que pretendia fazer com tanta cal.
Esse seu antigo aluno, espantadíssimo, comentou que não tinha encomendado cal nenhuma. Foram os dois ter com o rapaz que fizera as compras para esclarecerem o assunto.
- Olha lá, quem é que te mandou comprar estes sacos de cal?
- Foste tu, pá! Agora não te lembras? Ainda tenho aqui o papel que escreveste.
E exibiu a lista enorme de compras que lhe tinha sido dada.
O antigo aluno mirou, tornou a mirar e disse:
- Eh pá... mas tu és mesmo burro! Não vês que me esqueci de pôr a cedilha? O que eu queria dizer era Çal! E não eram 102 sacos mas sim 1 ô 2 !

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cruzeiros para a Reforma

A minha mulher e eu viajávamos num cruzeiro pelo Mediterrâneo a bordo de um transatlântico da empresa Princess.
Durante o jantar observamos uma senhora velhinha sentada perto da varanda do restaurante principal. Notei também que todo o pessoal, a tripulação do barco, empregados de mesa, estavam muito familiarizados com ela.
Perguntei a um empregado de mesa que nos atendia quem era aquela senhora e esperava que respondesse ser ela a dona da empresa de cruzeiros, mas respondeu que não que era uma passageira que estava a bordo nas últimas 4 viagens, ida e volta.
Uma tarde, quando estávamos a saír do restaurante do navio, cruzamos com essa senhora e resolvemos parar para a cumprimentar.
Conversamos um pouco e passado sobre coisas banais e depois perguntei-lhe:
- Pelo que entendi a senhora tem estado neste barco nas últimas 4 viagens.
Ela respondeu-me:
- Sim, é verdade e sabe porquê?
- Calculo que seja por gostar muito do mar e também por ter dinheiro para estas viagens tão belas como dispendiosas - disse-lhe eu
Com um sorriso nos lábios respodeu-me:
- De facto gosto muito de viajar mas estou aqui principalmente porque me sai mais barato que estar num asilo para velhos nos Estados Unidos, que é o meu país. Não ficarei num asilo nunca e de agora em diante viajo nestes cruzeiros até que a morte chegue. O custo médio para se cuidar de um velho nesses asilos é de 200 dólares por dia. Verifiquei no departamento de reservas da linha Princess que posso obter um desconto quando compro os cruzeiros com bastante antecedência e somando o desconto para pessoas sénior, não gasto mais do que 135 dólares por dia. A viagem sai-me, por isso, 65 dólares mais barata. Gasto cerca de 10 dólares por dia em gratificações. Tenho mais de 10 refeições diárias se quero ir aos restaurantes, posso ter o serviço na minha cabine, o que significa dizer que posso ter o café da manhã na cama, todos os dias da semana. O barco tem 3 piscinas, um salão de ginástica, máquinas de lavar e secar roupa grátis, biblioteca, bar, Internet, cafés, cinema, show todas as noites e uma paisagem diferente todos os dias. Ainda tenho direito a pasta de dentes, secador de cabelo, sabonetes e champô grátis. Tratam-me como cliente e não como paciente. Com uma gorjeta extra de 5 dólares, tenho todo o pessoal de serviço a trabalhar para me ajudar. Conheço pessoas novas a cada 7 ou 14 dias. A televisão estragou-se? Necessito de mudar uma lâmpada? Quero que mudem o colchão? Não tem problema. Eles consertam tudo e, ainda, me pedem desculpa pelos inconvenientes. Lavam a roupa de cama e as toalhas todos os dias e não tenho sequer que pedir. Se caio num asilo de velhos e parto a bacia, a única saída é a segurança social. Se cair e me magoar em algum barco da empresa Princess, vão-me acomodar numa suíte de luxo para resto da minha vida.
Agora vou contar-lhes o melhor que há nas empresas Princess. Quero viajar pela América do Sul, Canal do Panamá, Taití, Caribe, Austrália, Mediterrâneo, Nova Zelândia, pelos fjords, pelo rio Nilo, Rio de Janeiro, Ásia? É só mencionar para onde quero ir. A Princess está pronta para me levar. Por isto, meu amigos, não me procurem num asilo para velhos. Viver entre quatro paredes e um jardim como paciente de hospital? No thanks!
E acrescentou, ainda, antes de se sentar numa das espreguiçadeiras do navio:
- Ah! E se eu morrer, atiram-me ao mar sem nenhum custo adicional.




Pra que vou parar de viajar???”

Vale a pena?

Madre Teresa de Calcutá chega ao Céu.
-Tendes fome? - Pergunta Deus.
Madre Teresa acena afirmativamente com a cabeça. Deus prepara para cada um uma sandes de atum de conserva em pão de centeio.
Entretanto, a virtuosa mulher olha lá para baixo e vê os glutões no Inferno a devorarem bifes, lagostas, ameijoas, doces e vinho. No dia seguinte, Deus convida-a para outra refeição. Mais uma vez, o pão de centeio seco com atum de lata.
Mais uma vez, ela vê os do Inferno a regalarem-se com uma verdadeira orgia gastronómica. No dia a seguir, ao ser aberta a terceira lata de atum, Madre Teresa pergunta humildemente:
- Senhor, estou grata por me encontrar aqui Convosco como recompensa pela vida casta, regrada e devotada que levei, mas não compreendo: só comemos pão com atum, enquanto do outro lado comem como reis...
-Ó Teresinha, sejamos realistas - diz Deus com um suspiro - achas que vale a pena cozinhar só para duas pessoas?